* Mãe Sheila é Iyàlorisà. Foi iniciada no Rio de Janeiro em 1976 por Josertina da Cruz Lessa (Mameto Oya Ice), filha de santo de MonaDewi, também conhecida como Vó Nanã, fundadora de uma conceituada casa de tradição Banto em Aracajú-SE da raiz Bate Folha. Na década de 80 passou a fazer parte da nação Ketu ao tomar suas obrigaçõs na raiz do Gantois. Em 1993, fundou sua "Casa de Santo", o Ilé Àse Àáfin Àbàmì Òsun, em Campos Elisios - Duque de Caxias, região metropolitana do Rio de Janeiro, onde funcionou por alguns anos, e hoje é situada na Vila Angélica, Chácara 87 da QD 47 - Jardim Recreio - Piabetá, é divulgadora e defensora da Cultura Afro e Afro-brasileira. Desenvolve um trabalho comunitário bem como de exclarecimento e entendimento aos seus filhos de santo, e procura informar ao máximo o povo em geral, através de programas de rádio e palestras, a respeito da cultura e da religiosidade afro que já foi tão reprimida no passado, e é discriminada ainda nos dias de hoje.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sacerdócio

Sacerdote (do latim Sacerdos, otis) é um ministro religioso, habilitado para dirigir ou participar em cerimônias de culto, sendo compreendido como uma ligação entre as divindades e os homens.

Sacerdócio é a condição de pessoas que executam as cerimônias de determinada religião dentro de um templo. É designado de Sacerdote (ou Sacerdotisa) quem participa do sacerdócio, e este é responsável por proceder aos cultos, os ritos, ministrar leis, regras e tradições e demais serviços ligados à crença do templo ao qual está vinculado.
A hierarquia existe em todos os sacerdócios e cada religião tem seus líderes, com deveres, vestuário, ritos e forma de transmissão na sua função sacerdotal.
As religiões conservam a figura do sacerdote com certas diferenças. São funções sacerdotais, para efeito de comparação, porém com diferenças significativas entre as religiões. Em última toda religião possui um mediador entre Deus e a comunidade e os Babalorisà, Iyàlorisa e Babalawo são os Sacerdotes no Candomblé.

Para se atingir o Sacerdócio dentro do Àse, temos um longo e árduo caminho a percorrer.
Tendo como base à iniciação, que é o inicio de tudo dentro da religião, e ainda sendo essa iniciação feita dentro de um Àse “legitimo” de matrizes africanas. Apos o cumprimento dos anos e de todas as obrigações necessárias, pertinentes e obrigatórias, e tendo sido escolhido pelo Orisà, o Filho do Orisà terá a condição e o direito de exercer o Sacerdócio.
O perfil que se espera em um Sacerdote é princípio da intuição, autoconfiança e da iniciativa, ser auto conhecedor e não dependente. Ter pureza e viver principalmente para o Maior; e o Maior é Tudo; Ouvir e “escutar” as mensagens de quem o guia e sintonizar com a fé; atingir o conhecimento do oculto e reter na memória. Ter saúde mental e emocional é muito importante, pois é “equilíbrio”. Ser humilde e respeitar o próximo são fatores primordiais. Ter espírito de liderança porem sempre com humildade. Ter discernimento... Mas tudo isso não tem valor se não tiver o verdadeiro amor pelos Orisà.

O Sacerdócio, para nós, não é uma escolha pessoal e sim uma condição, pois somos escolhidos.
Ser Sacerdote não é ser “ditador”, é ser tolerante, orientador, paciente, conselheiro, compreensivo porem com o discernimento e postura. Não é ser um juiz, pois quem nos julga e tudo determina é o Orisà.
Passar para seus seguidores o aprendizado ao longo dos anos e prepara-los para a vida religiosa e a vida em geral.
Ter orgulho de sua raiz (descendência de Àse) e respeito incondicional por sua ancestralidade.
Na verdade, todo bom sacerdote, a rigor foi um bom Iyawo, pois somente apos a iniciação é que começa o aprendizado de fato.
Para muitos e posso bem dizer para todos, o Àse é uma eterna escola, os mais novos aprendendo com os mais velhos e os mais velhos aprendendo com os mais antigos ainda.

*Sacerdócio = Fé, Humildade, Amor INCODICIONAL, Dedicação, Tolerância, Postura, Coragem e Conhecimento!

Àse

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